quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Post 5 - Morfema zero

GRUPO:
CAROLINA F. G. MEDEIROS (C6526I-4)
FLÁVIA VASCONCELOS DA SILVA (C747GJ-7)
GABRIEL MARTINS (C76222-9)
WESLEY OLIVEIRA DE SOUZA (C56IHJ-6)

O morfema zero (Ø) segundo Bechara (2009, p. 347), consiste na “ausência de uma marca de oposição gramatical em referência a outro termo marcado. Só haverá morfema zero se a noção por ele expressa for inerente à classe gramatical em que ele ocorra”.
            Observe o exemplo abaixo onde existe o morfema Ø:

            No exemplo acima poderíamos substituir Ø pelo pronome eles, embora mesmo sem ele seja possível entender quem encontrou o assassino. Diferente dos sintagmas verbais, os sintagmas nominais não são obrigatórios em uma oração (SAUTCHUK, 2004 p.56). Não é incomum encontrar no português orações sem sujeito:
A)   Está chovendo muito hoje.
B)   São dez horas.
No entanto, as descrições de sujeito das gramáticas tradicionais podem confundir os alunos, conforme aponta Sautchuck (2004, p. 57). Segundo a autora, não podemos afirmar que sujeito da oração é o termo sobre o qual se afirma algo, pois, desta maneira, os exemplos A e B acima não estariam expressando coisa alguma. Outra descrição conhecida das gramaticas tradicionais é de que sujeito é aquele que pratica a ação expressa pelo verbo, mas esta definição não abrange orações como C, na qual o verbo não expressa uma ação.
A)   O garotinho estava sonolento.

            No exemplo acima, temos uma oração absoluta constituída de duas orações, ambas possuem sentido completo individualmente e são ligadas pela interjeição e. Na segunda oração, o SN é marcado pelo morfema zero, pois entende-se que o aluno que saiu de casa é o mesmo que acordou cedo.

 
Exercício Proposto
1)    Assinale a única frase que não contém um morfema zero:

a)    Aquela menina ri e brinca muito todos os dias.
b)    Ana e Clara adoram comer pizza.
c)    Adoramos a viagem à praia.
d)    Infelizmente, tiveram que deixar a festa muito cedo.
e)    Dormimos muito durante o feriado.

Referências

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª Edição. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009.

SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe: Como e Por que aprender análise (morfo)sintática. 1ª Edição. Barueri: Manole, 2004.

Post 4 - Cópula

GRUPO:
CAROLINA F. G. MEDEIROS (C6526I-4)
FLÁVIA VASCONCELOS DA SILVA (C747GJ-7)
GABRIEL MARTINS (C76222-9)
WESLEY OLIVEIRA DE SOUZA (C56IHJ-6)

Existem na língua portuguesa os verbos copulativos que têm a função de ligar o sujeito a outro termo da oração, e sem essa ligação não possuem significação completa. (SAUTCHUK, 2004, p. 68).
Alguns dos verbos copulativos são: ser, estar, parecer, permanecer, ficar, tornar-se. Entretanto, os exemplos andar e viver podem ser significativos como nos exemplos abaixo (SAUTCHUK, 2004, p. 68-69):

a)    Meu pai vive cansado (copulativo)
Meu pai vive em Campinas (significativo)

b)    Eles ficaram chateados com a situação (copulativo)
Eles ficaram em casa a noite toda (significativo)

Observe o exemplo abaixo:
1)    O meu vestido de baile é muito cafona.
           
            Neste exemplo o verbo copulativo é não possui sentido completo, mesmo ligado ao sintagma nominal O meu vestido de baile. O sentido se dá com o modificador do tipo adjetival muito cafona.
            Segundo Henriques (2008, p. 22), os verbos copulativos (apresentados pelo autor como verbos de estado) podem tanto ser de ligação quanto intransitivos. Analisemos os exemplos dados pelo autor
c)    Nossa vida era um mar de rosas de ligação
d)    Todos os curiosos estavam na praça → intransitivo

Exercício Proposto
1)    Identifique quais orações possuem verbos copulativos e sublinhe-os.

a)    Ana parece uma rainha.
b)    Maria suicidou-se mês passado.
c)    Gabriela está cansada.
d)    Antônio anda triste com a separação.
e)    Carla morava em São Paulo.
f)     João parecia apaixonado.
g)    Eles gostavam de passear à noite.
h)    Aquele apartamento é lindo!
Resposta
a)    Ana parece uma rainha.
b)    Maria suicidou-se mês passado.
c)    Gabriela está cansada.
d)    Antônio anda triste com a separação.
e)    Carla morava em São Paulo.
f)     João parecia apaixonado.
g)    Eles gostavam de passear à noite.
h)    Aquele apartamento é lindo!

Referências
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª Edição. Rio de Janeiro: Lucerna, 2009.

SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe: Como e Por que aprender análise (morfo)sintática. 1ª Edição. Barueri: Manole, 2004.